Atualizar o Protheus não deveria paralisar sua operação — a menos que você ignore os impactos no banco, nas customizações e na infraestrutura.

A ilusão do botão “Atualizar”

“É só uma atualização de versão.”

Essa frase já custou a estabilidade de muita operação. O que parece um processo simples e rotineiro, muitas vezes esconde riscos profundos. Quando o upgrade de versão do TOTVS Protheus é feito sem planejamento técnico, ele pode virar uma reforma geral não planejada — com impacto direto na produtividade, nos processos e na receita.

Você não está apenas atualizando um sistema. Está modificando o comportamento de rotinas, mexendo em estrutura de banco, impactando integrações e customizações que foram feitas ao longo de anos.

O problema começa quando o ambiente não está preparado

Antes mesmo de pensar em rodar o update, pergunte:
– Sua infraestrutura suporta os novos requisitos da versão?
– As integrações com sistemas terceiros foram mapeadas?
– Existe um ambiente de homologação espelhado para testes reais?
– Seu banco de dados está na versão homologada pela TOTVS?

A maioria das falhas pós-go-live vem de ambientes mal preparados. Atualizar o ERP sem olhar para o cenário completo é como trocar o motor de um carro sem ver se o chassi aguenta a potência.

5 riscos ocultos que derrubam operações no pós-upgrade

  1. Customizações quebradas
    Campos deixaram de existir, rotinas mudaram o comportamento, eventos foram descontinuados. Se não houver um inventário técnico antes da atualização, o retrabalho é certo.

  2. Incompatibilidade com versões de banco de dados
    O Protheus evolui. O banco também. Mas nem sempre juntos. Usar um banco desatualizado (ou novo demais) pode causar desde lentidões até falhas críticas.

  3. APIs e integrações silenciosamente impactadas
    O sistema sobe. Mas a comunicação com terceiros falha. Isso paralisa processos logísticos, faturamento, e até o financeiro.

  4. Mudanças em parâmetros e comportamento padrão
    Atualizações trazem melhorias, mas também mudam lógicas internas. O que antes era automático, agora exige nova parametrização.

  5. Infraestrutura defasada
    Novo TOTVS, mesmo hardware. Resultado: sistema instável, performance caindo, usuários reclamando.

Checklist técnico para upgrades sem surpresas

✅ Criar um ambiente de homologação idêntico à produção
✅ Levantar todas as customizações e impactos esperados
✅ Mapear integrações com sistemas terceiros
✅ Verificar versão homologada de banco de dados
✅ Testar rotinas críticas com massa real
✅ Validar performance do novo ambiente
✅ Criar plano de rollback documentado
✅ Garantir backups atualizados e testados

Estrutura de testes recomendada

  1. Testes funcionais
    • Entrada de pedidos
    • Geração de notas fiscais
    • Cálculo de folha
    • Emissão de boletos e relatórios

  2. Testes de performance
    • Tempo de abertura dos principais menus
    • Tempo de resposta do banco em processos pesados
    • Carga simultânea de usuários simulada

  3. Testes de integração
    • ERPs satélites
    • Webservices (REST/SOAP)
    • Robôs RPA ou Power Automate

  4. Testes de stress e contingência
    • Simulação de falhas
    • Acesso remoto simultâneo
    • Teste de failover (quando aplicável)


Conclusão: Upgrade não é evento. É projeto.

Atualizar o Protheus deve ser tratado como um projeto com etapas bem definidas, não como uma simples manutenção. Quando bem executado, o upgrade entrega novas funcionalidades, segurança e ganhos de performance. Mas quando feito às pressas, vira dor de cabeça em produção — e prejuízo em cadeia.

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