Separar o que é transação, o que é batch e o que é integração pode ser a diferença entre caos e controle. ERP modular precisa de infraestrutura modular.
Era uma sexta-feira comum em uma indústria de médio porte. O time de vendas finalizava pedidos, a expedição já organizava as rotas do dia seguinte e o financeiro rodava o contas a pagar no Protheus. Tudo fluía — até que parou. Literalmente.
O ERP travou. As transações começaram a demorar minutos. A equipe de TI recebeu uma enxurrada de ligações. Ninguém conseguia trabalhar. E como acontece na maioria das empresas que cresceram rápido, a infraestrutura não acompanhou.
O servidor era o mesmo há 4 anos. Tudo rodava junto: aplicação, banco, batch, integração. Um monólito disfarçado de ambiente corporativo.
Esse tipo de cenário é mais comum do que parece. E a raiz do problema está menos na performance do Protheus e mais em uma falha arquitetural invisível: a ausência de uma arquitetura em camadas.
Quando uma empresa adota uma solução como o Protheus, ela costuma seguir um caminho natural: começar pequeno, com poucos módulos, e crescer conforme a necessidade. O problema é que, com o tempo, os serviços se multiplicam, o volume de dados cresce e os processos se tornam mais complexos — mas tudo continua rodando num ambiente único, centralizado, frágil.
Essa abordagem é insustentável.
A arquitetura em camadas propõe uma separação funcional entre os diferentes tipos de cargas e responsabilidades do ambiente. Ela parte do princípio que:
A arquitetura em camadas para ambientes TOTVS pode ser implementada de forma gradual, respeitando o momento de cada empresa. Ela costuma seguir três níveis básicos:
É onde rodam os serviços do Protheus (SmartClient, AppServer). Aqui o foco é garantir resposta rápida ao usuário. O ideal é que essa camada esteja isolada de jobs pesados e rotinas automáticas.
APIs, Webservices e conectores com marketplaces, bancos e CRMs devem ser tratados como uma camada à parte. O acoplamento dessas integrações à camada de aplicação principal é o erro mais comum.
Aqui rodam os processos em lote: fechamento contábil, faturamento em massa, atualizações de estoque, etc.
A maioria dos problemas de performance e instabilidade que as empresas enfrentam com TOTVS não está no código, e sim na forma como o ambiente foi estruturado.
Adotar uma arquitetura em camadas não é uma reformulação completa. É uma readequação inteligente que respeita o que a empresa já tem e prepara o ambiente para o que está por vir. Porque crescer sem planejar a infraestrutura é como construir um prédio em cima de uma casa: vai cair. É só questão de tempo.
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